Representantes da Rede e do PSOL deram entrada, na tarde desta quinta-feira (18), a pedido pela cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O pedido foi apresentado no Conselho de Ética do Senado.
Representantes da Rede e do PSOL deram entrada, na tarde desta quinta-feira (18), a pedido pela cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O pedido foi apresentado no Conselho de Ética do Senado.
No áudio, uma pessoa que se passa pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fala em articulações para fechar o Congresso Nacional. O senador destacou que o material que está circulando nas redes sociais não é verdadeiro e que as providências legais estão sendo tomadas para identificar a autoria.
Pode ser votada na próxima semana, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição que acaba com o foro especial por prerrogativa de função, mais conhecido como foro privilegiado. A pauta do Plenário está trancada por três medidas provisórias, o que impede a votação de projetos de lei ordinária, mas as PECs não se sujeitam ao trancamento.
Aprovada em primeiro turno no final de abril, a PEC 10/2013 extingue o “foro privilegiado” para todas as autoridades brasileiras nas infrações penais comuns. Fica mantido o foro privilegiado apenas para os chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário da União.
Isso significa que o texto acaba com os foros especiais para ministros de estado, governadores, prefeitos, presidentes de câmaras municipais e de assembleias legislativas, presidentes de tribunais superiores e de Justiça dos estados, ministros dos tribunais superiores e do TCU, procurador-geral da República, embaixadores, membros de tribunais de contas estaduais e municipais, integrantes de tribunais regionais, juízes federais e integrantes do Ministério Público.
As autoridades manterão o foro por prerrogativa de função nos crimes de responsabilidade, aqueles cometidos em decorrência do exercício do cargo público, como os contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade na administração; a lei orçamentária; o cumprimento das leis e das decisões judiciais, entre outros.
Na Câmara dos Deputados, até as 20h desta sexta-feira (19) já são nove pedidos de impeachment aguardando decisão do presidente, deputado Rodrigo Maia.
Mesmo afastado pelo STF e ocupado com sua defesa, o senador Aécio Neves atuou nos bastidores do PSDB para escolher seu sucessor na presidência da sigla.
O partido será comendado interinamente pelo senador Tasso Jereissati, do Ceará.
Em vez de renunciar, Aécio se afastou da presidência do PSDB, deixando aberta a possibilidade de voltar ao cargo.
O presidente Michel Temer acaba de fazer pronunciamento ao país.
Ao iniciar, disse que solicitou ao STF acesso aos documentos do processo mas não conseguiu. Por isso, a demora para se posicionar sobre as informações publicadas pelo jornal O Globo sobre a delação da JBS.
“Quero deixar claro que o meu governo viveu nessa semana seu melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda da inflação e os números que demonstram a retomada da economia e da geração de empregos criaram esperanças de dias melhores. Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma da crise política.”
“Não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho a favor do país”, continuou.
Ainda no pronunciamento, o presidente afirmou que em nenhum momento autorizou que pagassem a qualquer que seja para ficar calado. “Não comprei o silencio de ninguém, porque não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público nem de foro especial.”
Por fim, Temer registrou que a investigação será o território onde surgirá todas as explicações. “No STF, demonstrarei todos esses fatos.”
“Sei o que fiz e sei das correções dos meus atos. Exigo investigação plena e muito rápida”, concluiu.
Do blog de Ricardo Noblat:
O presidente Michel Temer está pronto para anunciar sua renúncia ao cargo e deverá fazê-lo ainda hoje. Já conversou a respeito com alguns ministros de Estado e, pessoalmente, acompanha a redação do pronunciamento que informará o país a respeito.
Rodrigo Maia (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, já foi avisado sobre a decisão de Temer. Ele o substituirá como previsto na Constituição, convocando o Congresso para que eleja o novo presidente que governará o país até o final de 2018.
A Secretaria de Comunicação Social da presidência da República suspendeu a veiculação de peças de propaganda do governo que estavam no ar ou que poderiam ir ao ar.
No Twitter, o jornalista continuou:
Atualizado às 16h33
Em pronunciamento, o presidente Temer anunciou que não renunciará, contrariando a previsão do jornalista Ricardo Noblat.
No Twitter, Noblat justificou:
A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (18), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), uma operação de busca e apreensão no gabinete do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) na Câmara e em imóveis dele. A PF realizou ações semelhantes no gabinete e em imóveis do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A assessoria de Rocha Loures informou em nota que o deputado “está em Nova York, onde proferiu palestra sobre a política brasileira a um grupo de investidores internacionais”. Em seu retorno, previsto para hoje, “o deputado deverá se inteirar e esclarecer os fatos divulgados”.
Segundo o jornal O Globo, Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, entregou ao Ministério Público Federal gravação em que “o presidente Michel Temer, em março, dá aval para o empresário comprar, com mesadas, o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do operador Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato”.
Temer ainda teria indicado Rocha Loures para resolver um assunto de interesse da JBS. Segundo o jornal, o deputado, assessor especial de Temer entre outubro de 2016 e março último, foi filmado pela Polícia Federal recebendo R$ 500 mil enviados por Joesley Batista. Nesta manhã, a PF esteve no gabinete de Loures na Câmara, em uma operação de busca e apreensão de documentos.
Em nota, o presidente Michel Temer reagiu ao noticiário e declarou que “defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados”.
Ainda segundo o noticiário, a PF filmou ainda a entrega de R$ 2 milhões, pela JBS, a um intermediário de Aécio Neves. O senador disse em nota estar “absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”. Por determinação do STF, nesta manhã a PF prendeu Andreia Neves, irmã do senador.
Joesley Batista, que também mencionou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, e seu irmão Wesley estariam negociando com a Procuradoria Geral da República um acordo de delação premiada. Já teriam confirmado as declarações ao ministro Edson Fachin, responsável no STF pela Lava Jato.
Um acordo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) transferiu para a próxima terça-feira (23), a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227/16, que permite eleições diretas para a Presidência da República em caso de vacância do titular.
A oposição pretendia colocar a proposta em votação nesta manhã. “Não seria possível porque não haveria quórum, mas também porque por acordo a CCJ não tem votado PECs e projetos polêmicos às quintas-feiras, quando nem todos os deputados estão presentes”, explicou o presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).
O relator da PEC, deputado Esperidião Amin (PP-SC), destacou que apenas a admissibilidade da PEC deve ser analisada, e por isso não espera manobras contra sua votação. “Não é uma proposta que gera crise, pelo contrário, ela previne crises ao colocar a escolha nas mãos do eleitor”, disse.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) defendeu em Plenário, nesta quinta-feira (18), a suspensão de toda a pauta legislativa do Congresso Nacional e inclusive a retirada das propostas de reforma trabalhista e da Previdência.
Ela pediu também a aprovação de proposta de emenda à Constituição (PEC 227/2016) do deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ) que estabelece eleições diretas para presidente da República em caso de vacância do cargo.